domingo, janeiro 15


Você, causador da minha insônia, onde estás agora que é hora de dividi-la contigo?

quinta-feira, janeiro 12


Fico imaginando como seria embriagar-me de ti
E esse devaneio me deixa embevecida

sábado, janeiro 7

Recordações fétidas me custam a alegria.
Dos teus braços só sinto a lama...
Me afogando a cada instante
A imundice dos teus olhares me infecta
ódio, destruição e mutilação...
São palavras do vocabulário que tentastes construir em meus lábios
E o que faço é enterrar esse horror constantemente.
A começar pela saudade tua.


(pintura de Judith Lauand)

sexta-feira, janeiro 6


A única coisa que sinto é esse oceano me consumindo lentamente...
A cada instante menos um pouco de mim e mais um pouco desse silêncio mortal
Eu queria gritar... mas a minha voz n sai... não tenho forças

terça-feira, janeiro 3


Sempre que costuro essas palavras o que faço mesmo é costurar a minha possibilidade de mudança... Sempre achei que só sou algo no momento em que escrevo ou digo... Portanto prefiro ser o vento, e levar tudo comigo.

domingo, janeiro 1

Obscuro


É na escuridão que me enxergo com mais facilidade
a luz encandeia meus sentimentos
Nem tudo é claro
O que sinto é obscuro

Se venero o estranho é por não ver graça no dito belo.
O belo é fútil, artificial e burro.
E a sua opinião?
São só mais e mais palavras ditas ao vento.
Como as minhas o são.
Quem se importa?