sábado, janeiro 29

Pausa


Assim como a música que é feita de som e silêncio
O amor deve ser construindo com encontros e desencontros...

O vazio do poeta

O poeta trava por medo de repetir...
Como é trouxa...
E desde quando um rio é o mesmo rio?
Onde sua mente parou?
Será que foi vontade propria?
...
Do canto não sai...
Só tem vontade de ficar só, calado
E quer repetir mas não consegue
Mas repetir o que tanto?
Sua vontade de viver e de ser feliz?
E pra quem ele tanto repete?
Quem ele tenta convencer?
Será que isso é bom ou ruim?

O poeta não sabe de nada...
E nada é uma palavra tão pequena pra definir a imensidão do que sente...
imenso é grande também pra definir um vazio...
como pode o vazio ser imenso?
Se é feito de nada... um nada bem grande?

E porque escreve em versos?
Suas ideias são tão incompletas que as joga de todo jeito...
Como o seu quarto... não sabe por que e pra que organizar...
Quando souber usar os porques e praques
Talvez saiba responder e organizar...


Enquanto isso... ...

...

quarta-feira, janeiro 26

Dedico aos pedaços do meu coração

Pedaços que ficam...
pedaços que depois colarei...
pedaços que não voltarão...
pedaços do meu coração...

Já tou sentindo falta de tanto e de tudo
Amigos...
Que me fazem sorrir e chorar...
sentir... sentimentos... sentidos
que fazem origames
que sentem cocegas...
que pintam o cabelo de verde...
que me atrasam
que enxugam minhas lágrimas
que me fazem chorar...
que chamam palavrões
que são crianças...
que me dão palhetas
que usam topetes...
que estão já distantes...
que estão tão presentes hoje
os que pegavam
os selvagens...
os sumidos...
ausentes...
distantes...
tão longe... de mim

Dedico aqueles que fizeram e fazem parte de minha vida.
Amo vocês... não como quem diz por ta acostumado a dizer tais palavras... mas como quem sente um vazio... por ficar tão distante...

terça-feira, janeiro 25

Sem razão


O sofrimento me atrai...
Assim como a felicidade plena
Os dois lados da moeda
O bem e o mal
O anjo e o diabo
A loucura... mas a razão não.
Sentimentos intensos sim...
Antonimos não...
Se não existisse o amor não haveria tristeza
Tristes são os que amam
Porque são por essencia... ou não
Felizes tb são os que amam... pq são.

Não há o que descrever... há apenas o que respirar e sentir...
Sofrimento e amor

sábado, janeiro 22

Flor da minha alma



Flores, folhas e frutos
quem se importa?
Se é petala ou sepala?
Se as petalas são pequenas...
e as folhas crescem coloridas e belas...
enganando todos...
Polinizadores
Dominadores
Amores...

Se é fruto ou fruta...
e a final qual a diferença?

Quando ganhar uma flor o que pensarei?
Humm será que é uma flor verdadeira?
Ou será que as folhas malditas e impostoras se desfarçaram?

Nós somos o que somos ou na verdade somos o que determinaram?
Os botanicos que me perdoem... mas a flor n é mais nem menos que uma flor...
não importando a sua procedência mas a sua finalidade...
De que vale tanta origem sem finalidade?
Mas vale uma finalidade sem fim que uma origem sem começo...

quinta-feira, janeiro 20

Estrelas

Estrelas com açucar...
mastigo, sinto e absorvo
estrelas com açucar...
brinco, canto e mastigo...
estrelinhas com açucar...

segunda-feira, janeiro 17

Música

A menina maluca aprendeu que todo som tem sua peculiaridade e que a faz se sentir viva. Mesmo quando sua mente não está funcionando bem e seu coração ta meio maluco... a musica sempre a faz se sentir plena e em casa... a faz transbordar de alegria e se sentir completa. A menina descobriu que o teclado mesmo imitando outros instrumentos, não é igual a eles pois eles são belos por exigirem dedicações diferentes, mas tem a sua beleza e é uma beleza consideravel... Talvez a beleza do sol, talvez a da chuva... não importa, a musica a nutre e a deixa bem consigo e com os outros... Ela não se importa se o musico é profissional ou se tem independencia das mãos... para ela n importa se sua mão esquerda não tem a mesma agilidade da direita. Ela se sente feliz com o respirar da vida, com a apreciação do som... Com a som da chuva, o barulho do vento... o som da musica do seu pensamento... E quem sabe aquele tango que brinca com ela.

domingo, janeiro 16

Tristeza

A alegria me abandonou... e quem veio me acompanhar foi a tristeza... junto dela a solidão...
Vou chamar a solidão e a tristeza p passear... ver o céu e as estrelas... sonhar...
ver uma folha dançando ao vento... e dançar junto com ela...

sexta-feira, janeiro 14

Morte

morrer...
morrer de medo de morrer...
morrer de medo de não viver...
viver morrendo...
a morte sempre nos assustando...
nos empurrando
nos tornando submissos e medrosos...
medo...
medo de algo que não sabemos o que é
medo do desconhecido...
desconhecer...
de conhecer...

segunda-feira, janeiro 10

Saudade

O meu pequeno principe de tão grande ficou preso no passado...
Eu já tentei o tirar de lá....
Mas ele se agarrou as minhas recordações e n quer se prender ao meu presente...
Quanto mais ao meu futuro...

Eu sinto falta de tudo
(Achei aqui nos meus arquivos... =])

Poesia

As letras sairam correndo...
O poeta ficou a ver navios
Na verdade n v os
O a e o i viram o v z o
O N d
...

domingo, janeiro 2

Sentimentos revelados por situações criticas.


Enquanto todos tentavam dormir no final da tarde, a brisa e sua irmã foram à cozinha, não porque estivessem com fome... para sua irmã restava apenas a unica mesa clara e disponivel para trabalhar e a brisa sentou-se logo ao lado em uma cadeira velha de balanço. Tentou se acomodar na velha cadeira de pano que aos poucos se rasgava e rangia. Poucos sentavam com medo que ela finalmente derrubasse alguem. Os que estavam acordados pouco falavam para não acordarem os cansados e doentes que tentavam descançar e desfrutar da paz natalina. Foi então que chegou com uma tristeza no olhar, e um remorso no coração seu tio mais distante. O cheiro de bebida tomou conta da cozinha junto com sua voz alta e pouco preocupada com os que descançavam. Seus olhos logo se encheram de brilho quando viram suas sobrinhas, entretanto, a reciproca não era verdadeira. A mas velha, apesar de querer bem ao tio estava cansada de aturar todos os anos o tio bêbado. E a mais nova, a brisa, estava muito interessada lendo "a arte de escrever" e preferia n ter que desviar seus olhos ao encontro de olhos vermelhos e pés sem equilibrio. Mas no vai e vem da conversa, nos pedidos de silencio negados. Os olhos da mais nova se cruzaram com os do tio, e eles encontraram olhos tristes, olhos de quem sofre, olhos de quem bebe pq n tem uma vida boa... olhos que bebem para esquecer que não vivem. "Um dia melhora... não melhora ?" e repetia a pergunta mas não tinha resposta verbal. Os olhos da mais nova respondiam que não, que a vida não era boa e justa com ninguem e que nunca melhoraria. Mas ela não teve coragem para profanar palavras sem esperança como essas. E os olhos se encheram de lágrimas e por um segundo infinito os olhos se cruzaram. Até que ela abaixou seus olhos para seu livro, não porque ele o interessase mais, mas porque não sabia o que fazer com seu olhar e se aguentaria sustentar suas lágrimas. "um dia passa..." "Um dia passa..." "eu não sou ruim, são os boatos..." e com essas palavras soltas no ar, passou pela porta da cozinha e suspirou baixinho "vou pra casa..."